Depois de tudo o que foi dito na última semana, nem vale a pena adiantar mais comentários. A imagem fala por si.
quinta-feira, novembro 27, 2008
"Sr. Luís Ribeiro (Visão)":.
Depois de tudo o que foi dito na última semana, nem vale a pena adiantar mais comentários. A imagem fala por si.
terça-feira, novembro 25, 2008
domingo, novembro 23, 2008
DIREITO DE RESPOSTA
Visto este ser um espaço onde se pratica o direito de resposta, passa a transcrever-se a resposta do Sr. Luis Ribeiro ao email enviado referente ao artigo de opinião "O triunfo dos porcos":
"X",
Por favor, leia o artigo com mais cuidado. E, sobretudo, leia-o racionalmente. Analisar o que quer que seja apenas com as emoções enevoa a razão.
Antes de mais, não se sinta insultado por aquilo que escrevi apenas porque pertence a uma claque. Eu próprio já pertenci a uma. Aliás, essa é uma das razões por que tenho a convicção de ter escrito o que escrevi com conhecimento de causa. As outras razões são profissionais: já fiz várias reportagens no meio de claques de futebol.
Não quero perder tempo com os insultos que me dirige. Percebo que foram escritos a quente.
Mas vamos aos factos: até a polícia decidir levar a sério os ataques selváticos nas estações de serviço que ficavam no caminho das claques até aos estádios, e passar a enviar autênticos batalhões de agentes para acompanhar os autocarros, os roubos e vandalismos nas bombas eram indescritíveis. Dê-se ao trabalho de falar com os funcionários das estações da A1, por exemplo, quando por lá passar. De certeza que lhe vão contar histórias interessantes.
Nunca digo que a maioria trafica drogas. Ou que a maioria anda a brincar ao Clube de Combate. Ou que a maioria é ralé, escumalha ou o cancro do futebol. Não me baseei em estereótipos, baseei-me nas dezenas de notícias que li sobre crimes e vandalismos associados a claques. Baseei-me no que vejo quando vou a um estádio de futebol.
O início do texto, onde estão os tais insultos gratuitos, dizem respeito a um livro de um dos nossos maiores escritores, o Mário de Carvalho. É uma cena epicamente descrita, que funciona aqui como arranque do meu artigo. Isso está muito explícito: o que ali está é como Mário de Carvalho descreve uma claque. A minha descrição, que se segue a esta, diz o seguinte: «O Ambiente tenso à chegada das claques, os insultos metralhados pela massa ululante, as ameaças a quem tem um cachecol de outra cor, o omnipresente sentimento de insegurança que leva os pais a agarrar as mãos dos filhos com mais força e a interrogar-se sobre se terá sido boa ideia levá-los à selva.» Com honestidade, consegue desmentir-me que isto não acontece permanentemente? Conheço muitos pais que deixaram de levar os filhos ao futebol por causa disto, sabe… Mais à frente, digo que estes grupos estão «conotados» com uma educação rasteira, racismo, violência, etc. Não digo que têm uma educação rasteira, que todos são racistas ou violentos.
Caro "X": é verdade que eu comparo os assaltos a estações de serviço por parte de grandes grupos de claques com a cobardia das hienas. É verdade que explico os episódios de violência com «macaco vê, macaco faz». Não generalizo. Pelo contrário, alerto contra as generalizações. Apenas chamo cobarde a quem comete crimes daquela maneira, abrigado pelo facto de estar no meio de uma multidão. Não às claques como um todo. Não se sinta atingido por algo que não lhe estava dirigido. Mas não negue a realidade.
Só mais uma coisa: aconselho-o a ler o livro «Diário de um Skin», escrito pelo jornalista espanhol António Salas, que esteve infiltrado durante um ano em grupos neonazis espanhóis. Os ultras de que fala tantas vezes são descritos pelo jornalista como locais privilegiados para disseminar propaganda e angariar novos membros para a «causa». Durante os últimos anos, nunca viu parafernália nazi a ser agitada nas bancadas?
Lamento que tenha interpretado o texto da forma que o fez. Não era minha intenção insultar quem vai ao estádio apoiar a sua equipa. É isso mesmo que eu faço – apoiar a minha equipa – quando vou ao futebol. Era isso que fazia quando pertencia a uma claque. E não pensei em mim quando usei as palavras que usei. Nem em si. Pensei nos que vão aos estádios não para fazer isso, mas para fazer outras coisas. Para quem o futebol não é um fim, é um meio.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Ribeiro"
Não vou enviar mais e-mails a este senhor. A minha posição está bem explícita no email que enviei e pela resposta dada parece-me ter sido bem(?) interpretada. Ressalvo, contudo, os seguintes factos:
1- Não insultei ninguém. Limitei-me a responder ao mesmo nível de um artigo foi escrito numa das revistas com maior tiragem nacional.
2- Já tive diversas conversas com funcionários de estações de serviço da A1, da A3, da A4, da A8 e de outras A's. Estas conversas tiveram lugar enquanto assinava o livro de reclamações do mesmo estabelecimento, evocando o tratamento discriminatório de que era vítima, devido ao facto de as lojas das bombas de gasolina encerrarem aquando da passagem de claques, não me permitindo comprar alimentos, água ou tabaco.
3- As palavras do ínicio do texto não são do autor do artigo, mas são transcritas por ele, servindo de mote a outras tantas da sua autoria, sendo que o tom que perpassa todo o artigo é claramente reprovador para com os grupos organizados de adeptos, tendo uma intenção clara de denegrir ainda mais a sua imagem. Não nos iludamos com análises semânticas e gramaticais. A intenção com que é escrito é bem clara: exterminar as claques!
Por aqui me fico.
"X"
sexta-feira, novembro 21, 2008
AQUI NÃO HÁ PORCOS!
Exmo. Sr. Luís Ribeiro,
O meu nome é “X” e faço parte de uma claque de futebol.
Antes de mais considere uma honra poder ler estas palavras. Não pelo facto de serem escritas por um ser "animalesco" como eu, cito "besta quadrada, com o QI de uma galinha e a subtileza de uma ratazana faminta", mas sim porque os insultos gratuitos que escreveu no seu artigo de opinião nem merecem resposta. Contudo, e tendo em conta os acontecimentos da última semana e, a catadupa de asneiras e chorrilhos de mentiras que tenho lido na comunicação social, vou-me dar ao trabalho de lhe responder.
Ora, estava eu a preparar-me para mais um serão, sento-me no sofá, pego na Visão e deparo-me com o seu artigo. O título é apelativo: O Triunfo dos Porcos.
O seu artigo, Sr. Luís Ribeiro, é ridículo, deselegante e pobre em conteúdo! O retrato que faz da maioria dos grupos organizados em Portugal e sobretudo dos seus membros, não podia estar mais desajustado da realidade. Percebo que para alguém pouco informado sobre este assunto seja fácil cair na generalização idiota, mas de um jornalista, com uma educação muito acima de "rasteira", esperava mais do que argumentos estéreis. Pelo menos esperava que se incomodasse em basear a sua opinião em FACTOS e não em estereótipos pré-concebidos, que consigo ouvir à borla na mesa de qualquer café, sem ter de desembolsar 2,80eur pela revista.
Ao contrário do que afirma as claques não são hordas de vândalos que seguem a máxima "macaco vê, macaco faz". Não somos todos delinquentes. Não somos todos provenientes de bairros sociais e, mesmo que fossemos, isso não seria sinónimo de falta de civismo. Não, a GRANDE MAIORIA não se dedica ao tráfico de drogas, armas ou outro tipo de mercadoria ilícita. Não, o objectivo de vida de 95% dos ultras nacionais não é andar a brincar ao "Clube de Combate"!
Enoja-me ver a facilidade com que se crucificam as claques. É chocante a falta de inteligência de quem fala sobre estes assuntos e quantidade de imbecilidades e mentiras que se lêem nos pasquins deste país. Nem tão pouco as televisões acertam nas imagens da claque em questão! Se é claque merece o extermínio!
No meio dos disparates que escreveu, ressalvo a citação do antropólogo Daniel Seabra: "sobressai um discurso que generaliza, trata todos por igual e sobrevaloriza o que de pior têm as claques". Aqui você esteve bem: deixou que alguém que sabe falasse por si. Excelente!
Vamos, então, à outra metade dos factos. Sim, pontualmente existe violência associada ao futebol, em que estão envolvidos grupos organizados de adeptos e, sim, nas claques existem pessoas que praticam actividades ilícitas. Mas não é esta a sociedade que temos? Porque haveriam as claques de estar imunes a estes fenómenos que perpassam a sociedade actual? Existem políticos corruptos, polícias corruptos, gestores corruptos, médicos corruptos e também ultras corruptos. E que fique bem claro que todos eles devem responder perante a justiça. Mas daí a tomar o todo pela parte, quando esta última é claramente uma minoria, é algo que me revolta e insulta, de forma surda e cobarde.
Não se passa um dia em que não trabalhe em prol do meu grupo, nem uma hora em que não pense numa forma mais eficiente de apoiar o meu clube. Actualmente não tenho muita disponibilidade para me deslocar a outras estádios, mas marco presença assídua em Alvalade, seja qual for a hora do jogo ou o dia da semana, faça chuva ou sol. Tenho as cotas em dia, pagas por mim, todos os meses do ano e a dobrar em Dezembro. Pago as minhas deslocações a Alvalade e fora também, quando tenho possibilidade de ir. Nunca recebi um tostão do meu clube. Não quero. O facto de funcionarmos como grupo permite reduzir as despesas individuais. Nunca me envolvi em qualquer tipo de confronto violento com ninguém. Não me identifico com esse tipo de acções. Para mim, ser ultra é apoiar.
Este é o meu retrato. Como eu, conheço às centenas: jornalistas (colegas seus! quem diria que tem colegas "porcos"), médicos, informáticos, vendedores, lojistas, enfermeiros, advogados, etc... cada um com a sua profissão, mas com a mesma paixão pelo seu clube.
Não somos ralé, escumalha, nem o cancro do futebol!
Da próxima vez que se referir a Orwell, não se fique pelo título e leia mais algumas páginas. É que "todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros".
Cordialmente,
"X"
quarta-feira, novembro 12, 2008
NOVO CACHECOL!
segunda-feira, novembro 10, 2008
MAIS MILITÂNCIA?!
Podemos abordar este problema segundo duas perspectivas.
Perspectiva 1 - "A bem-falante": trata-se de um ponto de vista em que prevalecem as palavras caras e o vocabulário pomposo, repleto de metáforas e alegorias, num tom de discurso monocórdico que aborrece plateias e não apresenta causas nem soluções. Tema de conversa entre a elite leonina, surge como preocupação "grave e séria" e que "urge resolver", dê lá por onde der, a partir do momento em que se consiga deslindar este mistério intrigante que tanto perturba os intelectuais da nossa praça, ou seja, o porquê do divórcio entre a razão de existência de um clube, os adeptos, e o próprio.
Perspectiva 2 - "A do adepto": a opinião do adepto relativamente a este tema é simples, clara e objectiva. É apresentada aos "amigos da bola", em frente à "roulotte" do costume, entre uma cerveja e um courato. O discurso flui da mesma forma simples com que assiste aos jogos, de pé, ao frio e à chuva, ou sentado na sua cadeira de plástico, que alegremente "alugou" até final da época perante a módica quantia de cento e tal euros, a que acrescem as respectivas quotas de sócio. Quotas essas que não lhe conferem mais nenhuma vantagem real, exceptuando o facto de lhe permitir comprar a gamebox a um preço mais reduzido(?).
Como vemos futebol com o povo, exemplificamos o nosso ponto de vista com um exemplo da "populaça": o Zé e a Maria. Ora, o Zé e a Maria moram numa cidade qualquer a 200Km de Lisboa e decidem ir a Alvalade ver o Sporting - Porto, a contar para a Taça de Portugal. Pensaram em acordar bem cedo para se fazerem à estrada e viverem a festa da Taça logo desde a hora do almoço, mas felizmente não foi preciso madrugar, uma vez que o jogo só inicia às 20h45. É capaz de ser complicado, pois o Zé e a Maria trabalham na segunda-feira, e visto ser um jogo da Taça existe a possibilidade de existir prolongamento, mas por amor tudo se faz.
Chegados ao estádio, decidem ir à loja do clube comprar um cachecol novo, mas desistem na hora de pagar: o preço não é propriamente em conta e nem sequer têm desconto de sócio, mesmo pagando 12x13=156eur de quotas por ano (!!). Lá foram então comprar os bilhetes. Desta vez tiveram sorte: como o jogo é a contar para a Taça, o preço não é excessivo e nem tiveram de pagar os cinco eurinhos extra do costume quando se adquire bilhete no dia do jogo. Pois é! É que mesmo que por um lado o clube grite aos quatro ventos que a sua dimensão é nacional, a sua consciência nem aos distritais chega, pois um clube cuja massa adepta está espalhada por todo o país NÃO PODE castigar desta forma todos os que não tem possibilidade de se deslocar ao estádio durante a semana para adquirir o seu ingresso!
Após um breve passeio no centro comercial, o Zé e a Maria decidem entrar no recinto. A hora do pontapé de saída aproxima-se e a fome já aperta. Felizmente, a Maria trouxe umas sandochas de casa, pois os tempos são de crise e como já gastaram tanto dinheiro em combustível, ao menos poupam-se uns trocos no lanche. Mas a Maria e o Zé estão cheios de azar, e se não abrirem os cordões à bolsa, vão também ficar cheios de fome, pois ultimamente tem sido vedada a entrada a comida dentro do estádio. Percebe-se. Afinal de contas os senhores a quem foram concessionados os bares também têm de lucrar o seu à pala dos idiotas que vão à bola, não é?
Mas enfim, passemos à frente, porque hoje o jogo até está a ser bom e para estes nossos amigos (quase) tudo vale a pena para ver o grande Sporting ao vivo. Um golo do Sporting, um golo do Porto e uma avalanche de disparates por parte do árbitro. Nada a estranhar: é o futebol nacional. Ao fim dos 90 minutos, empate a uma bola. Já são 22h40, começa a fazer-se tarde, mas nem pensar em arredar pé. É o AMOR que nos prende! Seguem-se trinta minutos extra de futebol. 23h15: não há golos. É tarde e amanhã é dia de trabalho. E ainda faltam os penalties. Alguém devia ter previsto isto, não? Marcam-se os pontapés do terror, e o Sporting fica fora da Taça. Que sorte madrasta! São 23h30!! Quase meia-noite! Um longo caminho espera ainda quem daí a escassas horas tem estar novamente a pé para se apresentar ao trabalho. É duro. Se calhar, teria sido melhor ter ficado em casa, no quentinho, a ver o jogo na televisão, em horário nobre, como manda a regra, para bater o pé à telenovela do canal vizinho...
Palavras para quê? Somos o expoente máximo dos cancros do futebol moderno.
MILITÂNCIA? ESTIMEM A QUE TÊM!...
quarta-feira, novembro 05, 2008
terça-feira, novembro 04, 2008
SPORTING 1 - Shakhtar 0
Os vinte e dois mil sportinguistas presentes nesta noite presenciaram um jogo com raça, onde cada jogador correu e lutou até à vitória. O Sporting garantiu a passagem até aos 1/8 de final da Champions. Pelos vistos não é difícil ganhar jogos, basta jogarem como nas três primeiras jornadas, como em Vila do Conde e como ontem.
A BRIGADA deu um bom colorido ao seu sector, acompanhando todo o estádio nos cânticos de apoio à equipa, audíveis durante grande parte do encontro. Se num jogo o estádio inteiro canta, nos outros jogos é obrigatório fazê-lo. O nosso papel como adepto é apoiar. Quando é visível a falta de empenho, aí sim apontar o dedo e criticar no final do jogo, durante o apoio deve ser uma constante. Cabe a cada um assumir o seu papel, aqueles que optam por ver o jogo sentado quer os ultras que de pé cantam, batem palmas, levantam estandartes e abanam bandeiras.
O próximo passo é chegar ao 1º lugar do grupo, a garra não nos falta.
Domingo, 20h45 ALVALADE, rumo ao Jamor para a uma TERCEIRA FINAL CONSECUTIVA, esperamos que a PAIXÃO de alguns não nos impeça de o fazer com justiça.