Nascido a 7 de Abril de 1943, em Brejenjas, Joaquim Agostinho tornou-se no maior símbolo do ciclismo português de todos os tempos levando atrás de si grandes multidões em todas as estradas por que passava.
Em 1968, com 25 anos, chegou ao Sporting pelas mãos de João Roque conquistando nesse mesmo ano o Campeonato Regional de Fundo para Amadores.
A primeira participação na prova rainha nacional, a Volta, ocorreu no ano em que chegou a Alvalade. Não se destacou pelo número de etapas ganhas, mas ficou em segundo lugar e levou o Sporting à vitória por equipas. No campeonato mundial de estrada seguinte conquistou o 16º lugar, a melhor classificação portuguesa de sempre.
Entre 1969 e 1974, foi ele o vencedor do Campeonato Nacional de Fundo Individual e dominou as vitórias na Volta a Portugal entre 1970 e 1972. Neste mesmo ano conquistou o 5º lugar na volta à Suiça.
Na Volta à França participou treze vezes e conseguiu as melhores classificações de sempre de ciclistas portugueses (3º lugar) em 1978 e 79. Foi nesta prova que ganhou o maior reconhecimento internacional, sendo ainda hoje lembrado com saudade pelo pelotão francês do seu tempo, que o recordam pelo carinhoso apelido de “Tinô”. Foi o orgulho dos emigrantes portugueses, transformando-se num símbolo nacional, que levou às estradas gaulesas um enorme número de bandeiras lusas.
Em 1984, durante a 5ª etapa da Volta ao Algarve, um acidente com um cão levou Agostinho a uma queda que lhe provocou uma fractura craniana. Mesmo assim não desistiu e chegou à meta montado na bicicleta, amparado pelo seu colega Marco Chagas. Foi transportado para Lisboa onde foi submetido a cirurgia algumas horas depois.
No dia 10 de Maio faleceu no Hospital da CUF. O seu funeral passou por Alvalade e foi acompanhado por milhares de populares e pela equipa de ciclismo do Sporting que seguiu a sua urna montada nas bicicletas.
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