Começa-se por decidir qual o desenho e definir etapas. Depois faz-se o molde em papel, ou em acetato, caso se disponha de retroprojector. Em seguida vem a arte de passar para o pano, ponto-a-ponto, traço-a-traço, até começarem a surgir formas mais ou menos semelhantes ao desenho inicial. Enquanto uns põem a fita cola outros agarram-se aos lápis e começam a surgir os primeiros contornos. Depois do desenho estar no pano chega a hora de aprumar o que não passou fielmente do papel. Lápis e borracha na mão para tentar diminuir os erros do passo anterior e aperfeiçoar o desenho. Depois… tintas! Escolher bem as cores e o tipo de tinta, prepará-la, juntar mais ou menos água, e começar a pintar. No meio de risada e salpicos faz-se uma pausa, conversa-se, vive-se e convive-se. A vida também não é só bola. Recomeçam-se as pinturas. O drama surge invariavelmente sempre que cai uma gota de tinta onde não era suposto. É literalmente borrar a pintura, mas faz parte da coisa. Estandarte que não tem um pingo de tinta perdido algures onde não era suposto, nem é estandarte! Sempre com muito cuidado, deixa-se secar do lado esquerdo, para se poder ir pintar do lado direito sem ficar com a tinta colada à roupa. Para os “cantinhos” de bonecos e letras vira-se o pincel ao contrário e pinta-se com o cabo, que é fininho e, dá melhor resultado, mais perfeição.
No final, cansados e cheios de tinta, olhamos para a “obra prima” cheios de orgulho e contentamento. A nós parece-nos sempre mais belo do que na realidade é, tal como uma mãe orgulhosa dos seus filhos. Só queremos que chegue domingo, para o podermos ver lá no alto, no meio da curva, a brilhar com o reflexo da luz enquanto puxamos pela nossa equipa. Só falta mesmo coser, comprar os tubos e levá-lo para onde ele pertence: para a CURVA. Não existem máquinas ou comodismo que paguem este sentimento. Nós tifamos à mão!