terça-feira, março 17, 2009

A VERGONHA DE MUNIQUE

Mal sabíamos nós ao que íamos quando nos concentrámos na 2ª feira às 5h da manhã, para rumarmos à cidade de Munique.À chegada ao aeroporto já se ouviam os cânticos e se cumprimentavam os adeptos que, apesar dos 0-5 em Alvalade, iam com a perspectiva de ajudar o clube que amam a, pelo menos, vencer (sim, nós os que não entramos em campo vamos a qualquer estádio para vencer).
A viagem teve escala em Frankfurt e chegámos a Munique às 14h30. A nossa primeira tarefa foi encontrar um local onde dormir, pois não tínhamos feito reserva e como o dinheiro não abunda dormimos numa pensão que, sem ser muito acolhedora, ficava perto da estação central de Hauptbahnhof. Resolvida a dormida, era tempo de ir almoçar e ficar a conhecer esta zona de Munique. Depois do passeio da tarde, dirigimo-nos ao Arena onde assistimos ao treino de adaptação que o Sporting fez ao relvado e iluminação.
No dia do jogo levantámo-nos e fomos conhecer outras zonas da cidade e comprar umas lembranças. Foi muito fácil deslocarmo-nos de um sítio para o outro, pois a cidade dispõe de redes de metro e comboio muito boas e bem interligadas. Depois do almoço foi tempo de pegar no material e rumar ao centro da cidade, para a zona de Marienplatz, onde se viam já muitos sportinguistas. Mas onde nos concentrámos com outros ultras foi no Hard Rock Cafe de Munique, à espera da hora do jogo entre muitos cânticos e cerveja. Houve somente um pequeno incidente, logo sanado. A saída do Hard Rock não foi feita em massa, o grupo onde os elementos da Brigada estavam incorporados não se poupou a esforços e encheu as ruas de cânticos de apoio ao Sporting. O trajecto feito em conjunto com os adeptos do Bayern e sem qualquer escolta policial não teve nenhum incidente.
Às 20h45 locais começava o jogo que jamais esqueceremos, uma autêntica vergonha. Nem com um grande golo de Moutinho que na altura fazia o 3-1 a equipa se modificou e logo no minuto seguinte levava o 4º golo com que iria para o intervalo. Durante a segunda parte, o Bayern dilatou o marcador até ao 7-1. A indignação, a vergonha e a desilusão eram sentimentos que nos invadiam ao ponto de nem querermos acreditar no que tínhamos acabado de assistir. Já não havia vontade para mais e dirigimo-nos à pensão, já só queríamos dormir, para que viesse o dia seguinte e esta deslocação terminasse o mais depressa possível, pois nós temos vergonha.